Saudações, querido povo português.
Inês de Castro diz-vos alguma coisa?
Bem me parecia… Sim sou eu mesmo. Aquela dama que depois de morta foi coroada Rainha. Sim essa mesma… Aquela que tinha um romance com D. Pedro I, de quem tive quatro filhos.
Bem acho que nem comecei pelo início. Eu sou uma dama galega, acompanhante de D. Constança, que foi prometida em casamento a D. Pedro.
No ano de 1339 foi o casamento dos dois. Parece que ainda foi hoje: o palácio estava cheio de ilustres convidados, uma passadeira vermelha dividia o salão de festas, ao fundo deslumbrava uma mesa digna de um banquete real. Serena e gélida era a postura com que o rei D. Afonso IV se apresentava, no enlace contrariamente à postura de D. Beatriz que era alegre, afortunada e contente, pensado que seu filho iria ser feliz ao lado de D. Constança, mas enganava-se.
Quando olhei Pedro, o meu coração parou, depois bateu de uma enorme força. Já mais me tinha acontecido tal coisa. Em vez de se encantar com a riqueza e poder de D. Constança, não, encantou com a minha simplicidade e bondade. Isto não podia acontecer, estava a arriscar muitas vidas e o seu casamento.
Mas continuamos a amar-nos secretamente mesmo com estes medos. D. Afonso IV não viu com bons olhos a nossa aparente relação de amizade, mas ambos sabíamos que os nossos sentimentos ultrapassavam a meta da amizade… estendiam-se muito além do que era permitido naquela época. Alegria a minha foi quando D. Constança morreu (não por ela ter morrido, mas sim porque fiquei na esperança de poder assumir perante tudo e todos os meus sentimentos) … e consegui mas não foi por muito tempo que vivi junto ao meu amado. Foi nessa altura em que me tive de isolar em Coimbra. O que me valia era a companhia dos meus filhos, fruto do meu relacionamento com D. Pedro I.
Em 1355 D. Afonso IV muito pressionado pela corte mandou três homens matar-me visto que a nossa relação só arrecadava inconveniências para Portugal. Eles não eram capazes de olhar para o nosso amor puro e proibido, o quanto nos éramos felizes e continuamos sendo…
Depois de morta fui sepultada no Mosteiro de Alcobaça. D. Pedro afirmou termos casado em segredo e fui corada Rainha. Em honra disso o meu amado obrigou a beijar a minha mão reconhecendo-me como Rainha de Portugal, mesmo estando morta.
Morreu D. Pedro I, os seus restos mortais ficaram frente a mim para que possamos olharmo-nos nos olhos.
E até ao dia de hoje o nosso amor prevalece inteiro e inconcebível.
Inês de Castro diz-vos alguma coisa?
Bem me parecia… Sim sou eu mesmo. Aquela dama que depois de morta foi coroada Rainha. Sim essa mesma… Aquela que tinha um romance com D. Pedro I, de quem tive quatro filhos.
Bem acho que nem comecei pelo início. Eu sou uma dama galega, acompanhante de D. Constança, que foi prometida em casamento a D. Pedro.
No ano de 1339 foi o casamento dos dois. Parece que ainda foi hoje: o palácio estava cheio de ilustres convidados, uma passadeira vermelha dividia o salão de festas, ao fundo deslumbrava uma mesa digna de um banquete real. Serena e gélida era a postura com que o rei D. Afonso IV se apresentava, no enlace contrariamente à postura de D. Beatriz que era alegre, afortunada e contente, pensado que seu filho iria ser feliz ao lado de D. Constança, mas enganava-se.
Quando olhei Pedro, o meu coração parou, depois bateu de uma enorme força. Já mais me tinha acontecido tal coisa. Em vez de se encantar com a riqueza e poder de D. Constança, não, encantou com a minha simplicidade e bondade. Isto não podia acontecer, estava a arriscar muitas vidas e o seu casamento.
Mas continuamos a amar-nos secretamente mesmo com estes medos. D. Afonso IV não viu com bons olhos a nossa aparente relação de amizade, mas ambos sabíamos que os nossos sentimentos ultrapassavam a meta da amizade… estendiam-se muito além do que era permitido naquela época. Alegria a minha foi quando D. Constança morreu (não por ela ter morrido, mas sim porque fiquei na esperança de poder assumir perante tudo e todos os meus sentimentos) … e consegui mas não foi por muito tempo que vivi junto ao meu amado. Foi nessa altura em que me tive de isolar em Coimbra. O que me valia era a companhia dos meus filhos, fruto do meu relacionamento com D. Pedro I.
Em 1355 D. Afonso IV muito pressionado pela corte mandou três homens matar-me visto que a nossa relação só arrecadava inconveniências para Portugal. Eles não eram capazes de olhar para o nosso amor puro e proibido, o quanto nos éramos felizes e continuamos sendo…
Depois de morta fui sepultada no Mosteiro de Alcobaça. D. Pedro afirmou termos casado em segredo e fui corada Rainha. Em honra disso o meu amado obrigou a beijar a minha mão reconhecendo-me como Rainha de Portugal, mesmo estando morta.
Morreu D. Pedro I, os seus restos mortais ficaram frente a mim para que possamos olharmo-nos nos olhos.
E até ao dia de hoje o nosso amor prevalece inteiro e inconcebível.